Hoje não é apenas um bom dia, mas o primeiro dia de um novo ano e de um novo milênio. Por isso temos muitos a agradecer a Deus. Devemos agradecer as bênçãos e a proteção recebida durante o ano que passou e principalmente agradecer por nos presentear com um ano novinho que se inicia. Cheio de expectativa, cheio de sonhos, e surpresas. E para esse ano ser bom ou mal, cheio de vitórias ou derrotas só depende da sua escolha. Você pode escolher começar esse ano perdido em lamentações, desânimo, auto piedade, pessimismo, cheio desses sentimentos horríveis que apenas te fará sentir inútil e solitário ou, escolher começar ao lado de Jesus, segurando bem firme sua mão estendida,, deixando que ele te guie e te faça uma pessoa vitoriosa e feliz !! A escolha é sua, mas o resultado da sua escolha vai definir como será o seu ano. Por isso reflita, pense bem e escolha começar com Jesus. E para nos ajudar a fazer a melhor escolha vamos cantar bem forte e com muito vigor o hino nº .....
Os dilemas e as tragédias da vida da esposa do renomado pintor dinamarquês P. S. Kroyer
por Raphael Moroz
Já na sequência em que os créditos iniciais de ‘Marie Kroyer’ submergem, vê-se o abismo que separa o casal de pintores Marie (Birgitte Sorensen) e Soren Kroyer (Soren Saetter-Lassen), que se instalou na cidade dinamarquesa de Skagen devido à ótima ‘luz’ que o local possuía, o que daria um incremento a mais às suas pinturas. A arte produzida por Marie, todavia, tem mais transpiração do que luz. Dedicada, a esposa devotada nutre o desejo de tornar-se uma pintora tão reconhecida quanto o marido, que, ao contrário dela, “recebeu de Deus um talento monstruoso”, nas próprias palavras de Soren.
O embate entre o talento e a falta dele é apenas uma das temáticas desse ótimo filme, que, com delicadeza, nos faz mergulhar nas pequenas tragédias da família Kroyer. Além de ter de lidar com o sucesso do marido e com o seu próprio insucesso, Marie é obrigada a estar forte quando Soren, que sofre de uma severa inversão de personalidades ocasionada por uma psicose, tem violentas crises mentais, em que despeja na esposa seus medos e lhe esfrega na cara sua falta de talento. Nesses momentos, sobra até para a filha do casal, a introvertida Vibeke, que, em uma cena chocante e revoltante, chega a ser confundida pelo pai com um cão de caça.
Para assimilar melhor tudo isso, Marie decide passar um tempo longe de casa, na companhia da filha e de uma amiga. Ela conhece, então, Hugo Alfvén (Sverrir Gudnason), um compositor que a corteja desde o primeiro momento que a vê. Dividida pelo amor passional que sente por Hugo e pelo carinho que desenvolveu pelo marido em decorrência dos altos e baixos de seu casamento, Marie se vê forçada a escolher um caminho e a encarar as consequências de sua decisão.
Bille August e Birgitte Sorensen no set de Marie Kroyer
Esse dilema que a personagem enfrenta perpassa por questões relevantes, que são exploradas com sensibilidade pelo diretor Bille August. Entre elas, está a falta de autonomia da mulher na época, cujo propósito de vida deveria ser auxiliar o marido física e emocionalmente. Nesse sentido, a ousadia e coragem de Marie Kroyer apontam para uma discussão interessante e polêmica, já que a dona de casa decide deixar para trás o marido, a filha e as ‘obrigações’ que lhe eram conferidas na época para reconstruir sua vida ao lado do amante.
O retrato da doença mental de Soren é outro destaque: ora extremamente amoroso, ora agressivo e irracional, o pintor – muito bem representado pelo ator Soren Saetter-Lassen – choca com suas atitudes – ele, no limite entre a realidade e a fantasia, propõe à esposa um relacionamento a três, pois teme perdê-la definitivamente – e intriga pelo fato de um talento tão monstruoso vir acompanhado de uma doença da mesma magnitude.
Nota do editor: ‘Marie Kroyer’ merece ser visto e admirado! Clica aqui e veja em casa!
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